Mudar das cidades para destinos de férias populares, ter uma segunda casa e gozar a reforma no estrangeiro nunca foi tão atraente.
Factos rápidos:
- De 2014 a 2015, o mercado global de imóveis de luxo e de férias cresceu 28%, tornando-se o segmento imobiliário que mais cresce no mundo inteiro (fontes: Knight Frank, Christie’s).
- Entre 60% a 90% das transações imobiliárias nas principais zonas costeiras de França, Espanha, Itália e Portugal são aquisições por compradores estrangeiros.
De acordo com a Christie’s, os destinos típicos de segunda casa são estâncias ou áreas menores, geralmente com uma população até 500.000 habitantes. Em vários locais, as estâncias são povoadas tanto por proprietários de imóveis primários como secundários que são atraídos para esses locais graças à excecional cultura local e às comodidades de estilo de vida Tais estâncias e locais de férias são frequentados também por habitantes locais a gozar férias e fins de semana.
De 2014 a 2015, os mercados imobiliários viram renovada a confiança e o interesse dos investidores. 2016 vai ser um ano de grande crescimento no principal mercado imobiliário. Isto pode dever-se a múltiplas razões, como as oportunidades de estilo de vida e os benefícios fiscais, fatores que são vistos como potenciadores da decisão de investir em imóveis fora do país de residência principal.
Neste post, vamos explicar os motivos das estâncias de luxo se terem tornado mais populares e os interesses e motivações os compradores. Veja também: 5 Factos: Por Que Deve Investir Já em imóveis Espanhóis.
Desde montanhas e colinas ondulantes a paraísos insulares e vistas de mar da linha da frente, passando por aldeias tranquilas e cidades chiques, identificámos os sete principais fatores que levam os compradores internacionais abastados a optarem por descansar numa segunda casa de férias no estrangeiro.
1. Clima mais quente
A maioria dos compradores de segunda casa querem imóveis em regiões com clima quente. Imagine ir nadar ou dar um passeio na praia e fazer disto parte da sua rotina diária! Durante anos, o clima agradável dos grandes centros de segunda casa (com 300 dias ou mais de sol por ano) tem atraído residentes de climas mais frios, que deixam alegremente para trás a neve e o frio.
Até as regiões do Norte de Espanha, Portugal e Itália têm climas que permitem usar “calções & t-shirt”, no final do ano. Os invernos são amenos e, geralmente, a temperatura não desce abaixo de zero. Quando o tempo é quente e ensolarado, é mais fácil passar o tempo ao ar livre e desfrutar de um estilo de vida mais gratificante, ativo e socialmente integrado.
2. Estilo de vida e passatempos
Embora a habitação primária esteja tipicamente associada a interesses comerciais, a segunda casa está geralmente ligadas a passatempos e férias. Aqueles que trabalham duro querem ter um local privado para onde se possam retirar e saborear o seu tempo livre. Esta é a razão pela qual as estâncias com sol são, muitas vezes, frequentadas por visitantes afluentes.
Muitos compram imóveis com o objetivo de investir. Contudo, uma grande maioria apaixona-se pelos destinos durante as suas viagens ou enquanto exerce atividades associadas ao seu estilo de vida. A qualidade das comodidades e o estilo de vida estão a tornar-se aspetos essenciais para os compradores abastados. Por exemplo, a distância para o campo de golfe ou para a marina é muitas vezes considerada mais importante do que o tamanho de uma casa.
Os proprietários e reformados estrangeiros são normalmente impelidos a escolher as estâncias, dada a vasta gama de atividades culturais, de lazer e desportivas. Museus, festivais, caminhadas, vela, natação, jantares refinados e excelentes mercados – são apenas uma pequena parte do que é oferecido.
Para os compradores de segunda casa, o golfe e o iatismo tornaram-se fatores chave na escolha de um determinado local.
Isto explica porque é que o número de campos de golfe de classe mundial em Espanha (130+) e Portugal (40+) está a aumentar gradualmente. Ambos os países estão a tornar-se cada vez mais populares na Comunidade Europeia de golfistas. A França (350+) e a Itália (107+) também se vangloriam de campos de golfe de alta qualidade.
Abaixo está o número de campos de golfe nos principais países europeus (exceto no Reino Unido, que tem mais de 2400 campos).
Indivíduos ricos, com grandes fortunas, e todo o tipo de pessoas pertencentes ao jet set gostam de iates. Alguns deles treinam em iates de corrida e participam em regatas, enquanto outros optam por festas de champanhe em barcos a motor. A maioria das pessoas simplesmente aprecia a natureza pura e tranquila dos barcos e a total privacidade. Além disso, a vida perto de um porto ou marina tornou-se sinónimo de glamour, com restaurantes, bares e lojas de luxo.
Os compradores de imóveis de alta qualidade, procuram, muitas vezes, imóveis localizados nas proximidades de ancoragem dos seus iates. Existem vários clubes de iates antigos e novos na Europa que são constantemente atualizados, alargados e melhorados. Há também um número crescente de marinas “Bandeira Azul”, recompensadas por oferecerem as condições mais sustentáveis e amigas do ambiente.
As marinas na região do Mediterrâneo Ocidental (Espanha, França, Itália e Malta) evoluíram nos últimos 20 anos como hotspots globais do estilo de vida marítimo. Os destinos de iatismo mais populares são as Ilhas Baleares (Maiorca, Ibiza/Formentera, Menorca), Marbella, Cote d’Azur (St. Tropez, Antibes e Mónaco), e a Riviera Italiana (Portofino, Porto Cervo e Valletta). Não admira, pois, que, nos meses de Verão, a maioria dos 100 maiores iates privados do mundo possam ser vistos a navegar nas águas do Mediterrâneo.
Esta popularidade explica a elevada procura de ancoradouros, fazendo assim disparar os preços. As Ilhas Baleares, com o seu espaço limitado para ancoradouros, são ainda mais caras do que os locais bem conhecidos da alta sociedade no Mediterrâneo. Formentera lidera a lista com 360 euros por dia (excluindo água e eletricidade) para um iate de 18 metros, na temporada alta. Em destinos de férias como Agios Nikolaos (Creta), os preços começam em 48 euros/dia para um iate de 18 metros.
Assim, a escolha do porto de origem pode ter mais impacto no custo de funcionamento de um barco do que a diferença do comprimento total em metros. A nossa comparação de preços de mais de 50 marinas em destinos europeus de férias evidencia diferenças significativas entre um ancoradouro de 10 metros e um de 18-20 metros, na época de Verão.
Como referimos, os preços de amarração nas marinas próximas não influenciam a venda de imóveis. No entanto, correlacionam-se diretamente com a dinâmica dos preços dos imóveis. Por exemplo, as Ilhas Baleares são as mais caras em termos de ancoradouros. O local está a assistir a uma grande transformação do perfil imobiliário típico de um reformado ou hippie para uma população mais sofisticada. Os bungalows de praia foram substituídos por moradias de luxo. Isto explica porque razão os preços das casas em Maiorca e Ibiza aumentam mais rapidamente do que em qualquer outro lugar.
As melhores marinas nos destinos de férias mais populares da Europa, valor em EUROS
3. Cuidados de Saúde & Qualidade de vida
Muitos dos locais acima listados oferecem um modo de vida mais descontraído, sem pressas e tradicional. Graças a este estilo de vida mediterrânico, alimentação natural e biológica saudável, ar puro e mais de 300 dias de sol por ano, as pessoas tendem a viver mais tempo aqui do que na média Europeia.
Estes países são muito apelativos, pois não só partilham o amor pela comida maravilhosa, como também têm culturas divertidas que valorizam muito a família e as amizades.
Os cuidados de saúde são também um fator importante a considerar se está a planear viver ou passar muito tempo no estrangeiro. A maioria dos países listados, especialmente a França e a Espanha, oferecem cuidados de saúde baratos, classificados entre os melhores do mundo.
4. Custo de vida
Muitas pessoas que adquirem imóveis no estrangeiro fazem-no para tirar partido do custo de vida mais baixo, no qual conseguem um nível de vida mais elevado. Em geral, isso resulta num estilo de vida significativamente mais gratificante. A título de exemplo, o custo de vida em Espanha ou em Portugal é substancialmente inferior ao da maioria dos países europeus e das grandes cidades.
No entanto, nem todos os que se instalam numa residência secundária ou se reformam no estrangeiro o fazem por razões financeiras. Os reformados abastados e os donos de imóveis de férias tendem a preferir os países ricos em luxo, conforto, paisagem e segurança. Por exemplo, a França é considerada um dos países europeus mais caros para viver, de acordo com a Movehub. Isto é realmente verdade em Paris e Côte D’Azur. No entanto, a França rural é relativamente barata e as suas zonas rurais são bastante apelativas.
Custo de vida comparação por métricas-chave
5. Vistos imobiliários e benefícios fiscais
Os benefícios atrativos como a cidadania através do investimento, conhecido como o Visto Gold, e os incentivos fiscais efetivos estão a revelar-se muito populares entre os investidores imobiliários estrangeiros.
O sistema de Vistos Gold atribui aos compradores estrangeiros uma autorização de residência em troca da compra de imóveis acima de um determinado valor. Já foi implementado em Portugal, Espanha, Malta, Chipre e Grécia. Portugal, por exemplo, emitiu mais de 2.300 Vistos Gold desde 2012 (fonte: Vistos Gold Portugal).
Visto Gold – Residência Permanente
Benefícios do sistema fiscal português para não residentes
Estes benefícios estão relacionados com a riqueza, impostos sobre doações e heranças, ganhos de capital e dividendos, bem como rendimentos empresariais e pensões. O regime fiscal da Residente Não Habitual (NHR) destina-se a atrair estrangeiros com atividades profissionais de alto valor acrescentado, tais como médicos, arquitetos e engenheiros, e ainda indivíduos com elevado valor (fonte: PwC). Os estrangeiros europeus e os compradores de imóveis reformados podem beneficiar deste favorável regime fiscal de uma das seguintes formas:
● O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares em Portugal está limitado a 20% nos primeiros 10 anos de residência no país. Não existe limitação quanto ao rendimento anual bruto.
● Não existem impostos duplos sobre as pensões, sobre o trabalho por conta própria ou sobre os rendimentos do trabalho provenientes do estrangeiro.
● Há uma tributação reduzida ou diferida sobre dividendos e outros rendimentos de investimento.
● Não há imposto de herança e de doação, nem imposto de riqueza.
O regime fiscal NHR em Portugal está a atrair compradores de imóveis abastados do estrangeiro.
O regime fiscal reduzido de Malta também oferece benefícios aos cidadãos estrangeiros (fonte: Europa.eu, The Telegraph):
● Uma taxa de imposto de 15% se estiver empregado no sector financeiro em Malta, em vez de taxas de imposto que podem chegar aos 35%.
● Os rendimentos do trabalho ou pensões no estrangeiro são isentos de impostos, desde que não sejam transferidos para Malta.
● O capital estrangeiro é isento de impostos, mesmo quando é transferido.
O Mónaco é também conhecido pelo seu sistema de tributação favorável às pessoas singulares.Os nacionais e residentes monegascos não estão sujeitos a imposto sobre o rendimento. Além disso, não há imposto sobre a fortuna, imposto anual sobre a propriedade ou imposto municipal. O único imposto direto é um imposto sobre os lucros das atividades industriais e comerciais (33,33%) (fonte: Governo do Principado do Mónaco).
6. Privacidade e segurança
Na era dos smartphones, dos inescapáveis feeds das redes sociais e de um nível crescente de criminalidade, há um desejo crescente de privacidade e segurança. Isto é particularmente importante para compradores de imóveis de luxo de alto nível e para as celebridades. Muitos proprietários de imóveis ricos desejam segurança, conforto e privacidade. Portanto, escolhem frequentemente imóveis em tranquilas aldeias medievais ou outras áreas isoladas, pois esses locais são geralmente mais seguros. No entanto, a segurança e a proteção podem variar significativamente de país para país.
Abaixo está a classificação dos países europeus de acordo com o índice de paz global; mede os países de acordo com os níveis de segurança percebidos nestas sociedades.
7. Facilidade de viajar
Quem compra uma segunda casa de luxo procura certamente comodidade quando se trata de viagens e transportes. Uma residência secundária deve estar a uma distância que permita deslocações fáceis tanto da residência principal, como das principais cidades mais próximas.
A maioria das propriedades de alta qualidade estão situadas a curta distância de um grande aeroporto, com fácil acesso a lojas e comodidades. Os aeroportos franceses, espanhóis e italianos oferecem excelentes ligações a outras cidades europeias, e os aeroportos de Lisboa e Barcelona oferecem acesso a muitos países e cidades internacionais com ligações aéreas diretas.
Principais Aeroportos Europeus
A Itália, França, Espanha e Portugal também oferecem excelentes infraestruturas ferroviárias e redes de autoestradas de fácil utilização em todo o país, o que torna a circulação confortável e conveniente.
Resumindo
É evidente que há inúmeros benefícios associados à compra de uma segunda casa em Espanha, Portugal ou qualquer outro dos países mediterrânicos. O clima, o estilo de vida e o elevado nível de vida são insuperáveis, e há a vantagem adicional dos benefícios fiscais oferecidos aos cidadãos estrangeiros. Com a conveniência de voos diretos para os países vizinhos, e com necessidades básicas como a saúde, privacidade e segurança cobertas, é o momento certo para dar o passo certo e investir numa segunda casa de que nunca se arrependerá.