Os Grandes Especialistas do Mercado Imobiliário: Anne Brightman

Anne Brightman Keller Williams Portugal
Partilha

Anne Brightman nasceu e foi criada no Texas, Estados Unidos. Depois de muitos anos no Brasil, mudou-se para Portugal há dois anos e é agora agente imobiliária da Keller Williams Portugal. Neste artigo, Anne partilha a sua perspetiva sobre os desafios do mercado imobiliário português, a necessidade de Proptech e a forma de se manter na primeira linha enquanto agente.

Primeiro contacto com o mercado imobiliário de luxo português

Sempre apreciei, identifiquei e procurei qualidade. Em qualquer coisa, desde o azeite a uma casa, a um homem, mas a minha mãe ensinou-me desde tenra idade que era melhor ter menos coisas, mas apreciá-las a todas.

Esta predisposição para coisas “boas” e o facto de eu gostar de trabalhar com pessoas foi o que me atraiu para os bens imobiliários de luxo. Mudei-me para Portugal há quase dois anos e, como estrangeira, estou familiarizada com os desafios que os estrangeiros enfrentam ao mudar para este país.

O catalisador para o meu regresso ao mercado imobiliário, após dois anos sabáticos, foi a terrível experiência que tive com a compra da minha própria casa no Estoril. Viemos para Portugal de férias e partimos para os EUA alguns dias depois, já com as chaves da nossa nova casa, imaginando que regressaríamos em apenas algumas semanas. Nunca imaginámos os problemas que atrasaram a nossa mudança durante um ano.

Vindos de um país que tem agentes imobiliários licenciados e um sistema de cheques e saldos que protege o comprador de fraude, não nos passava pela cabeça que depois da nossa agente imobiliária nos acenar a despedir-se, nunca mais teríamos notícias dela. Fomos, rapidamente, envolvidos num pesadelo que levou mais de dois anos a resolver-se.

É impossível movimentarmo-nos no sistema sem um agente

Uma das coisas em Portugal que torna o comprador tão vulnerável é o facto de ser extremamente difícil para um comprador sem experiência procurar um imóvel on-line, tornando impossível movimentarmo-nos no sistema sem um agente.

Em Portugal, é comum um imóvel ser publicitado por várias agências, com preços distintos e áreas e fotografias diferentes, fazendo com que o comprador não perceba que está a olhar para o mesmo imóvel uma e outra vez.

Vinda dos EUA, os três maiores desafios que encontro no mercado imobiliário português são:

●       a inexistência de um serviço de angariação múltipla,

●       o facto de os agentes não necessitarem de formação ou licença para operar no mercado

●       e a falta de acesso aos preços de venda.

Isto causa confusão no mercado pois há valores infundados a influenciar os preços pedidos.

CASAFARI traz organização aos imóveis portugueses

Sou uma grande promotora da CASAFARI, porque a sua tecnologia ajuda a organizar o universo caótico do imobiliário português e é o serviço mais próximo de um serviço de angariação múltipla que Portugal possui.

A CASAFARI utiliza Inteligência Artificial sofisticada para detetar imóveis de inúmeras fontes e consolida essa informação numa única lista que resume todos os dados. O site avalia a posição do imóvel no mercado em comparação com outros imóveis e envia atualizações diárias para as listas existentes no mercado.

Acredito verdadeiramente que a CASAFARI é uma ferramenta Proptech essencial para agentes que querem ter sucesso e distinguir-se no mercado português.

A tecnologia global está a forçar os gigantes imobiliários tradicionais a refletir sobre todos os aspetos da indústria e não apenas num mercado em expansão em Portugal, no qual, tradicionalmente, a atitude dominante dos agentes era “que seja!”

A introdução da tecnologia imobiliária nem sempre é um bom presságio para as grandes agências imobiliárias. Nos mercados existentes, as start-ups estão a começar a eliminar e a substituir profissionais. Empresas como a Purplebricks, TenX, OpenDoor e muitas outras estão a adotar uma indústria imobiliária estimulada pela nova paisagem digital e pelos novos padrões de consumo.

É uma tendência que permite aos consumidores terem o controlo da sua procura e que facilita negócios autónomos entre vendedores e compradores. Esta é uma boa notícia para os consumidores, porque para se manterem em posição privilegiada na negociação, as empresas imobiliárias terão de oferecer mais e melhor serviço aos seus clientes, mais apoio e formação aos agentes, opções inovadoras e maior exposição ao mercado.

O mercado imobiliário é um “negócio de pessoas” – a tecnologia é apenas um meio para atingir um fim

No entanto, no final de contas, o mercado imobiliário é um “negócio de pessoas” e o que os meus clientes se lembram não é do quão maravilhosa foi a tecnologia que utilizei para levar o negócio até eles, mas o serviço que ofereci e a minha dedicação pessoal ao seu projeto. A tecnologia é apenas um meio para atingir um fim.

Saiba mais no blog: Em Foco: Sesimbra

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